A História de Louise Hay, crescimento pessoal e autocura!

A História de Louise Hay, crescimento pessoal e autocura!

setembro 17, 2020 0 Por Judet

Olá minhas amigas, mulheres cheias de vida!

 

 

Hoje quero falar de uma mulher cheia de vida, Louise Hay!  

 

Conheci Loise Hay através dos livros e vídeos que minha filha Paula Elisa que é fisioterapeuta e terapeuta complementar e trabalhar nessa linha como a Louise, trás para casa e me incentiva a ler e a assistir os vídeos, me apaixonei logo de cara por essa pessoa extraordinária que me ajudou muito, ouvi seus áudios por 60 dias consecutivos e ainda ouço quando sinto que estou estressada ou ansiosa, e isso vai muito além, ajuda  milhões de pessoas a descobrir e usar todo o seu potencial criativo para o crescimento pessoal e a autocura.  Mais de 50 milhões de cópias de seus livros foram vendidas até então mundo afora. Agora também no Brasil!

E hoje minha amiga Maria Izabel, me enviou uma mensagem agradecendo a matéria “É Importante Ter Uma boa
Noite de Sono para Ter Saúde” que eu postei aqui no blog , isso a ajudou a entender a necessidade de se ter uma melhor qualidade de sono e se precisar procurar ajuda de um profissional. E aí eu comentei com ela sobre a importância de descobrir e usar todo o seu potencial criativo para o  seu crescimento pessoal e a sua autocura e que ela pode procurar ajuda de uma terapeuta, ou também encontrar nos livros e vídeos maravilhosos de Louise Hay.

 

Você Pode Curar Sua Vida emplacou na lista dos mais vendidos do New York Times por 13 semanas consecutivas. Mais de 35 milhões de copias foram vendidas mundo a fora.
Louise Hay foi uma autora motivacional e fundadora da Casa Hay, uma casa de publicações literárias. Louise lançou vários livros de autoajuda, sendo considerada uma das fundadoras deste gênero de literatura. Palestrante e professora de metafísica, iniciou sua carreira como ministra da Ciência da Mente em 1971. Wikipédia

Na infinidade da vida onde estou, tudo é Perfeito, pleno e completo.
Cada um de nós, eu inclusive, experimenta a riqueza e plenitude da vida de maneiras para nós significativas.
Agora olho para o passado com amor e escolho aprender com as velhas experiências.
Não existe nem o certo nem o errado, nem o bem nem o mal.
O passado está terminado.
Existe apenas a experiência do momento.
Eu me amo por ter me trazido por entre esse passado até o presente.
Compartilho o que e quem sou, pois sei que somos um só em espírito.
Tudo está bem em meu mundo.

 

MINHA HISTÓRIA  LOUISE  HAY

Quando eu era uma menininha de 18 meses, meus pais se divorciaram. Não tenho lembranças do fato. O que me lembro com horror é minha mãe ter ido trabalhar como empregada doméstica dormindo no serviço e sendo obrigada a me deixar com outra família. Segundo contam, chorei por três semanas seguidas. As pessoas que cuidavam de mim não conseguiram suportar isso e minha mãe se viu forçada a me pegar de volta e fazer outros arranjos. Hoje em dia admiro o modo como ela conseguiu ser pai e mãe para mim. Na época, porém, tudo o que eu sabia e que tinha importância para mim era que eu não estava recebendo a mesma atenção carinhosa que tinha antes. Nunca fui capaz de determinar se minha mãe amava meu padrasto ou se só se casou com ele para arrumar um lar para nós duas. Todavia, não foi uma boa decisão. Esse homem fora criado na Europa, num sombrio lar alemão onde reinava a brutalidade, e não teve a oportunidade de aprender outro modo de lidar com uma família. Minha mãe ficou grávida de minha irmã, e então, nos anos 30, a Grande Depressão caiu sobre nós e nós três nos encontramos presas num lar cheio de violência. Eu tinha cinco anos de idade. Para piorar o quadro, foi mais ou menos nessa época que um vizinho, um velho bêbado, como me recordo, me estuprou. O exame médico ainda está vívido em minha mente, como está também o julgamento em que fui a estrela do caso. O homem foi condenado a 15 anos de prisão. Ouvi repetirem com tanta freqüência “A culpa foi sua” que passei muitos anos temendo que quando o velho bêbado fosse libertado ele iria voltar e me pegar por eu ter sido tão má a ponto de colocá-lo na cadeia. A maior parte de minha infância foi passada suportando tanto abusos físicos como sexuais, entremeados de muito trabalho pesado. Minha auto-imagem ia ficando cada vez pior e poucas coisas pareciam dar certo para mim. Passei a expressar esse padrão no mundo exterior. Ocorreu um incidente quando eu estava no quarto grau que mostra bem como era minha vida na época. Houve uma festa na escola, com muitos bolos para as crianças. A maioria dos meus colegas era de famílias de classe média. Eu me vestia mal, meus cabelos pareciam cortados com uma tigela. Estava sempre com os mesmos sapatos fechados e tinha um cheiro forte por causa do alho cru que era obrigada a comer todos os dias “para espantar os vermes”. Nunca comíamos bolo em casa, pois não podíamos nos dar a esse luxo. Uma velha vizinha me dava dez centavos por semana e um dólar no Natal e no meu aniversário. Os dez centavos iam para o orçamento familiar e o restante era usado para comprar minhas roupas de baixo para o ano inteiro em lojas baratas. Bem, naquele dia estava havendo a festa na escola, e havia tanto bolo que, enquanto estavam cortando e servindo, algumas das crianças que podiam comer bolo todos os dias estavam ganhando
dois, até três pedaços. Quando finalmente chegou a minha vez (e claro, eu era a última da fila), não havia mais bolo. Nem ao menos uma fatia. Entendo claramente agora que foi minha “crença já confirmada” de que eu era indigna e não merecia nada que me colocou no final da fila sem nenhum pedacinho de bolo. Foi o meu padrão. Eles estavam apenas refletindo minhas crenças. Quando eu estava com 15 anos, resolvi que não podia mais agüentar abusos sexuais e fugi de casa e da escola. O emprego que arranjei como garçonete me pareceu muito mais fácil do que o trabalho pesado que tinha de fazer em casa. Estando faminta de amor e afeto, e tendo a menor possível das auto-estimas, de bom grado eu dava meu corpo a qualquer homem que fosse gentil comigo e, logo depois de completar 16 anos, dei à luz uma menina. Sabia que seria impossível ficar com ela e lhe arranjei um lar bom e amoroso. Encontrei um casal sem filhos, ansioso por adotar um bebê. Fiquei morando na casa deles nos últimos quatro meses de gestação e, quando fui para o hospital, tive a menina já em nome deles. Assim, nunca experimentei as alegrias da maternidade, só a perda, a culpa e a vergonha. Na época, tudo aquilo era só um período vergonhoso que deveria ser esquecido o mais rápido possível. De minha filha, só me recordo dos artelhos muito grandes, incomuns como os meus. Se um dia nos encontrarmos, saberei quem ela é por causa deles. Saí daquela casa quando minha filhinha estava com cinco dias de vida e voltei para procurar minha mãe, que continuava uma vítima. “Venha”, eu lhe disse, “você não precisa mais suportar isto. Vou tirá-la daqui”.Ela me acompanhou, deixando para trás minha irmãzinha de 10 anos, que sempre fora a queridinha do pai. Depois de ajudar minha mãe a conseguir emprego de doméstica num pequeno hotel e acomodá-la num apartamento onde podia viver livre e com algum conforto, considerei terminadas minhas obrigações. Parti para Chicago com uma amiga para passar um mês naquela cidade – e só voltei depois de 30 anos. Naquela época, a violência que experimentei quando criança, combinada com o sentimento de não ter nenhum valor, que desenvolvi ao longo dos anos, atraíam para minha vida homens que me
maltratavam e frequentemente me agrediam. Eu poderia ter passado o resto de minha vida
menosprezando os homens e provavelmente ainda estaria tendo as mesmas experiências. No entanto, pouco a pouco, por causa do sucesso na área do trabalho, minha auto-estima começou a crescer e esse tipo de companheiro deixou de encontrar em mim o padrão de acreditar inconscientemente que eu merecia ser maltratada e foi saindo de minha vida. Não desculpo o seu comportamento, mas sei que se não fosse por causa do “meu modelo” eles nunca teriam sido atraídos para mim. Atualmente, um homem que maltrata mulheres nem sabe que eu existo. Nossos padrões não se atraem mais. Depois de alguns anos em Chicago, fui para Nova York e tive a sorte de me tornar modelo de alta costura. Todavia, nem mesmo o fato de estar trabalhando com grandes criadores fez muito para ajudar minha auto-estima, pois só encontrei nisso mais meios de achar defeitos em mim mesma. Eu me recusava a reconhecer minha própria beleza. Fiquei na indústria de moda por muitos anos. Casei-me com um maravilhoso e culto cavalheiro inglês e juntos viajamos pelo mundo, conhecemos a realeza e até tivemos a oportunidade de jantar na Casa Branca. Apesar de ser uma modelo de sucesso e de ter um homem formidável, minha auto-estima ainda era pouca e continuou assim por muito tempo, até eu começar o meu trabalho interior. Um dia, depois de 14 anos de casamento, quando eu estava começando a acreditar que coisas boas podem durar, meu marido anunciou seu desejo de viver com outra mulher. Sim, fiquei arrasada. Todavia, o tempo passa e eu continuei vivendo. A uma certa altura, pude sentir que estava havendo uma mudança em minha vida e, numa primavera, um numerologista confirmou essa sensação dizendo-me que no outono surgiria um pequeno evento que modificaria toda a minha existência. De fato, ele foi tão pequeno que só fui percebê-lo vários meses depois. Por um verdadeiro acaso, fui a uma reunião da Igreja da Ciência Religiosa em Nova York. Ao ouvir a mensagem, algo dentro de mim falou: “Preste atenção”. Obedeci a esse chamado e não só passei a freqüentar os cultos dominicais como também as aulas semanais. O mundo da moda e da beleza estava perdendo seu interesse para mim. Por mais quantos anos eu poderia me manter preocupada com a medida de minha cintura ou o formato das sobrancelhas? Eu, que largara a escola no início do segundo grau e nunca me interessara pelos estudos, tornei-me uma aluna aplicada, devorando tudo o que caía em minhas mãos relacionado com a metafísica e cura alternativa. A Igreja da Ciência Religiosa tornou-se um novo lar para mim. Apesar de a maior parte de minha vida continuar a mesma, os estudos começaram a consumir mais e mais do meu tempo. Quase sem perceber, depois de três anos, vi-me capacitada para me candidatar a ser um dos praticantes licenciados da igreja. Passei nos exames e assim comecei a trabalhar, há muitos anos, como conselheira.
Foi um pequeno começo. Nessa mesma época, aprendi a Meditação Transcendental. Como minha igreja não ia dar o curso de formação de ministros tão cedo, resolvi aproveitar o tempo para fazer algo de especial por mim mesma e entrei na Universidade Internacional Maharishi, em Fairfield, no Estado de Iowa, para um curso de seis meses. Foi o lugar certo para mim na época. A cada segunda-feira começávamos um novo tema, coisas das quais eu só ouvira falar, como biologia, química e até mesmo a teoria da relatividade. Nos sábados éramos submetidos a um teste e tínhamos o domingo livre. Na universidade não havia nenhuma das distrações tão típicas de minha vida em Nova York. Terminado o jantar, todos voltávamos para os quartos e ficávamos estudando. Eu era a aluna mais velha do campus, mas adorei cada momento que passei nele. Fumo, bebidas e drogas eram proibidos e meditávamos quatro vezes ao dia. Quando saí de lá, pensei que fosse desmaiar com a fumaça de cigarros no aeroporto. Voltando a Nova York, recomecei minha vida. Logo eu estava fazendo o curso de treinamento de ministros de minha igreja e me tornei muito ativa no seu trabalho e nas suas atividades sociais. Em pouco tempo estava falando nas reuniões do meio-dia e recebendo clientes, o que rapidamente se tornou uma nova carreira em tempo integral. Por causa do trabalho que fazia, tive a inspiração de escrever meu pequeno livro CURE O SEU CORPO, que de início era apenas uma lista de causas metafísicas para doenças físicas. Depois de sua publicação, passei a viajar para dar palestras e pequenos cursos. Então, um dia, recebi o diagnóstico médico de que estava com câncer. Claro, com meu passado de criança maltratada, onde se incluiu um estupro ao cinco anos, não foi de admirar uma manifestação de câncer na área vaginal. Como qualquer outra pessoa que ouve que está com câncer, entrei num pânico total. No entanto,
por causa do meu trabalho com os clientes, eu sabia que a cura mental funcionava e vi no fato a oportunidade de comprová-la em mim mesma. Afinal, eu escrevera o livro sobre padrões mentais e sabia que o câncer é uma doença causada por um profundo ressentimento que é abrigado por um longo tempo até que ele literalmente começa a comer o corpo. Eu, até então, me recusara a estar disposta a dissolver toda a raiva e ressentimento que tinha “deles” por causa de minha infância sofrida. Percebi que não podia mais perder tempo, que tinha muito trabalho a fazer. A palavra incurável, que é tão assustadora para muitos, significa para mim que essa condição em particular não pode ser curada por meios externos e que precisamos ir para o interior e encontrar a cura. Se eu fizesse uma operação sem me livrar dos padrões mentais que haviam dado origem à doença, os médicos continuariam cortando Louise até não restar mais nada dela. Não gostei da idéia. Se eu fosse operada para retirar o tecido canceroso e ao mesmo tempo desprendesse o padrão mental que estava causando o câncer, ele não voltaria mais. Quando esse mal ou qualquer outra doença volta, creio que não é porque “eles não tiraram tudo” mas sim porque o paciente não fez mudanças mentais. Assim: ele só recria a mesma enfermidade, talvez numa parte diferente do corpo. Eu também acreditava que, se conseguisse me livrar do padrão mental que criara o câncer, nem mesmo precisaria da operação. Assim, barganhei com os médicos para conseguir algum tempo e eles, de má vontade, me deram três meses de prazo. Meu argumento foi o de que eu não tinha dinheiro para a cirurgia. Imediatamente assumi a responsabilidade pela minha própria cura. Li e investiguei tudo o que pude encontrar sobre métodos alternativos que poderiam me ajudar no processo. Fui a várias lojas de produtos naturais e comprei todos os livros que tinham sobre o câncer. Procurei a biblioteca pública e li mais ainda. Informei-me sobre a reflexologia nas solas dos pés e a terapia do cólon e achei que ambas seriam benéficas para mim. Eu parecia estar sendo levada para as pessoas certas. Depois de ler sobre a reflexologia, interessei-me em encontrar um terapeuta. Nessa ocasião, fui a uma palestra e, apesar de sempre procurar me sentar nas primeiras filas, naquela noite senti-me compelida a ficar no fundo da platéia. Pouco depois um homem veio sentar-se ao meu lado e – adivinhe só. Ele era um reflexologista que atendia na casa dos clientes. Fui tratada três vezes por semana durante dois meses e recebi uma grande ajuda. Eu sabia também que precisava me amar muito mais. Muito pouco amor fora demonstrado em minha infância e ninguém jamais me ensinara a me sentir bem comigo mesma. Eu adotara as atitudes dos meus familiares, que estavam sempre implicando comigo e me criticando, e elas haviam se tornado uma segunda natureza para mim. Através do meu trabalho na igreja eu me conscientizara de que era certo e até essencial eu me amar e me aprovar. No entanto, ficava adiando – exatamente como acontece com aquela dieta que sempre dizemos que vamos começar amanhã. Porém, não dava mais para eu procrastinar. De início foi muito difícil ficar diante do espelho e dizer coisas como: “Louise, eu te amo. Amo de verdade”. Todavia, persistindo, descobri que eu não estava mais me diminuindo em certas situações como fazia no passado, o que me mostrou que eu estava progredindo com o exercício do espelho e outros. O mais importante era eu me livrar dos padrões de ressentimento que abrigava desde a infância. Era imperativo para mim desprender do meu interior todas as acusações. Sim, eu tivera uma infância difícil, cheia de maus-tratos – sexuais, físicos e mentais. No entanto, isso acontecera havia muito tempo e não podia ser desculpa para o modo como eu estava me tratando. Afinal, eu estava literalmente comendo meu corpo com um crescimento canceroso porque não havia perdoado. Chegara a hora de eu ir além dos incidentes em si e começar a compreender que tipo de experiências poderiam ter criado pessoas capazes de tratar uma criança daquela maneira. Com a ajuda de um bom terapeuta, expressei toda a velha e represada raiva socando almofadas e gritando de ódio, o que me fez sentir muito mais limpa. Em seguida, comecei a juntar os pedacinhos de histórias que meus pais haviam me contado sobre suas infâncias e consegui ver um
quadro maior de suas vidas. Com minha compreensão cada vez mais crescente e analisando-os de um ponto de vista adulto, comecei a sentir compaixão pelo sofrimento dos dois e a culpa que eu atirava neles foi se dissolvendo vagarosamente. Junto com tudo isso, procurei um bom nutricionista para me auxiliar na limpeza e desintoxicação de meu corpo, prejudicado por todas as comidas inadequadas que eu ingerira ao longo dos anos. Aprendi que elas se acumulam e criam um corpo cheio de toxinas, tal como os pensamentos inadequados se acumulam e criam uma mente intoxicada. Foi-me recomendada uma dieta muito rígida, constituída quase que só de hortaliças. No primeiro mês, fiz lavagens intestinais três vezes por semana. Não fui operada. Como resultado dessa completa limpeza física e mental, seis meses depois de ter ouvido o diagnóstico consegui que os médicos concordassem com o que eu já sabia – eu não tinha mais nem sinal de câncer! A essa altura, eu sabia por experiência própria que a doença pode ser curada se estamos dispostos a mudar o modo como pensamos, acreditamos e agimos!
Às vezes o que parece ser uma grande tragédia se transforma no melhor de nossas vidas. Aprendi isso por experiência própria e passei a valorizar a vida de uma nova maneira. Comecei a procurar o que era realmente importante para mim e acabei tomando a decisão de deixar a cidade sem árvores de Nova York e seu clima marcado pelos extremos. Alguns de meus clientes afirmaram que “morreriam” se eu os abandonasse, mas garanti-lhes que voltaria duas vezes por ano para me certificar do seu progresso e lembrei-lhes que o telefone encurta distancias. Assim, fechei meu consultório e fiz uma longa e tranqüila viagem de trem até a Califórnia, pois decidira recomeçar tudo de novo em Los Angeles.
Embora eu tivesse nascido em Los Angeles muitos anos antes, não conhecia quase ninguém na cidade exceto minha mãe e minha irmã, que agora moravam na periferia da cidade, a cerca de uma hora do centro. Nunca havíamos sido uma família unida, mas mesmo assim tive uma surpresa muito desagradável ao saber que minha mãe estava cega havia alguns anos e ninguém se dera ao trabalho de me avisar. Minha irmã estava “ocupada demais” para me receber, de modo que não me preocupei em vê-la e comecei a cuidar de minha própria vida.
Meu livro Cure o Seu Corpo me abriu muitas portas. Passei a freqüentar todo tipo de reunião New Age que podia encontrar. Eu me apresentava e, quando sentia que era adequado, dava uma cópia do meu livro. Nos primeiros meses fui bastante à praia, sabendo que quando ficasse mais ocupada haveria pouco tempo para lazer. Pouco a pouco os clientes foram aparecendo. Recebi convites para falar aqui e ali, e tudo foi se ajeitando enquanto Los Angeles me dava boas-vindas. Cerca de dois anos depois, pude me mudar para uma linda casa.
Meu novo estilo de vida em Los Angeles não tinha nada de parecido com o que eu levara na minha infância. De fato, tudo corria perfeitamente. Como nossas vidas podem mudar por completo em relativamente pouco tempo!
Uma noite recebi um telefonema de minha irmã, o primeiro em dois anos. Ela me contou que nossa mãe, agora com 90 anos, cega e quase surda, caíra e fraturara a coluna. Num instante, minha mãe, que era uma mulher forte e independente apesar da idade, transformara-se numa criança indefesa, passando por grande sofrimento.
O acidente, como tudo na vida, teve seu lado bom, pois serviu para romper a parede de segredos que havia em torno de minha irmã. Finalmente estávamos todas começando a nos comunicar. Descobri que minha irmã também sofria de um grave problema de coluna que a impedia de sentar e andar direito e lhe causava muitas dores. Ela sofria em silêncio e, apesar de estar abitadíssima, seu marido não tinha conhecimento de sua doença.
Depois de passar um mês internada num hospital, minha mãe recebeu alta. Como de maneira alguma poderia mais cuidar de si mesma, veio morar comigo.
Apesar de confiar no processo da vida, eu não sabia como iria lidar com a situação, de modo que me liguei com Deus e disse: “Certo, vou cuidar dela, mas você tem de me ajudar e precisa me arrumar o dinheiro necessário!”
O período de ajustamento foi difícil para nós duas. Minha mãe chegou num sábado. Na sexta-feira seguinte eu teria de ir a San Francisco, onde ficaria quatro dias. Eu não podia deixá-la sozinha, nem desistir do compromisso. Mais uma vez me voltei para Deus e falei: “Deus, você vai ter de cuidar disto. Preciso encontrar a pessoa certa para nos ajudar antes de viajar”. Na quinta-feira seguinte, a pessoa perfeita havia “aparecido” e já estava instalada, com a incumbência de organizar a casa para mim e minha mãe. Foi outra confirmação de uma de minhas crenças básicas: “O que preciso saber me é revelado e tudo o que necessito vem a mim na divina ordem correta”. Percebi que era hora de aula para mim de novo. Surgira a oportunidade de limpar muito daquele lixo de minha infância.
Minha mãe não fora capaz de me proteger quando eu era criança, mas agora eu podia e ia cuidar dela. Começou toda uma nova aventura para mim, envolvendo minha mãe e minha irmã. Dar à minha irmã o auxílio que ela pedia era um outro desafio. Fiquei sabendo que quando eu salvara minha mãe, tantos anos atrás, meu padrasto descontara toda a sua fúria e sofrimento em minha irmã, e chegara a vez dela de ser brutalizada. Percebi que o que começara nela como um problema físico fora enormemente exagerado pelo medo e tensão, junto com a crença de que não havia ninguém para ajudá-la. E então Louise entrou em cena, não querendo ser uma salvadora, mas mesmo assim desejando dar à irmã a oportunidade de escolher o bem-estar a essa altura de sua vida. Pouco a pouco todos os acontecimentos do passado foram se deslindando e o progresso ainda continua. Vamos progredindo passo a passo e me esforço para proporcionar uma atmosfera de segurança enquanto exploramos as várias vias alternativas de cura. Minha mãe, por sua vez, reage muito bem. Ela se exercita o melhor possível quatro vezes ao dia e seu corpo está ficando mais forte e flexível. Comprei-lhe um aparelho auditivo e ela tornou-se mais interessada na vida. Apesar de sua crença nos princípios da Ciência Cristã, persuadi-a a submeter-se a uma operação para a retirada da catarata de um olho. Foi uma enorme alegria para ela poder ver de novo e nós também ficamos alegres por poder ver o mundo através dos olhos dela. Sua grande satisfação foi conseguir ler de novo. Minha mãe e eu começamos a encontrar tempo para conversarmos como nunca antes e uma nova compreensão surgiu entre nós. Atualmente, estamos ambas mais livres porque choramos e rimos juntas. Devo dizer que às vezes ela me irrita, o que serve para me dizer que tenho outras coisas para libertar do meu interior.
Meu trabalho continua num ritmo sempre crescente. O número de funcionários que trabalham comigo aumentou sob a direção do meu gerente de pessoal, Charlie Gehrke. Agora temos um Centro com cursos e um programa para internos.
É assim que está minha vida atualmente, no outono de 1984.
Nasceu: 8 de outubro de 1926, Los Angeles, Califórnia, EUA
Falecimento: 30 de agosto de 2017, San Diego, Califórnia, EUA

Fonte: Texto escrito por:  https://www.facebook.com/LouiseHayBrasil