Outubro Rosa e o Câncer de Mama, Informações e Conscientização!

Outubro Rosa e o Câncer de Mama, Informações e Conscientização!

outubro 7, 2020 0 Por Judet

O Outubro Rosa nos trás informações e conscientização sobre o câncer de mama, precisamos ficar atentas e não descuidarmos das nossas mamas, pois mulheres acima dos 50 anos apresentam mais riscos de desenvolver a doença!

Além disso, quando diagnosticado e tratado na fase inicial da doença, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%.

Hoje, o câncer de mama não é mais uma sentença – a taxa de cura é cada vez mais alta e a paciente pode levar sua rotina com qualidade de vida e bem-estar.

Celebramos anualmente o Outubro Rosa que é um movimento internacional, e tem o objetivo compartilhar informações e promover a conscientização para o controle do câncer de mama, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnósticos e tratamento, contribuindo para a redução da mortalidade, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. No Brasil, a comemoração foi instituída pela Lei nº 13.733/2018.

Neste Outubro Rosa 2020, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) lança o movimento de conscientização “Quanto antes melhor”. A ideia é chamar a atenção das mulheres para a adoção de um estilo de vida saudável no dia a dia, com a prática de atividades físicas e boa alimentação para evitar doenças, entre elas, o câncer de mama. A SBM quer reforçar que há muita vida após o câncer de mama e que o cuidado com a saúde feminina deve ser olhado com atenção, principalmente neste momento em que o rastreamento e o tratamento foram prejudicados e ainda estão sendo retomados por conta da pandemia de Covid-19.

O aumento da expectativa de vida — que no Brasil ultrapassa os 75 anos, segundo o IBGE — está diretamente relacionado ao aumento dos casos de câncer de mama, segundo tipo mais comum entre as mulheres em todo o mundo, especialmente aquelas acima de 50 anos. No Brasil e no mundo, corresponde a cerca de 25% dos casos novos de câncer a cada ano. Esse percentual é de 29% entre as brasileiras.

No entanto, na fase inicial da doença o tumor pode ser muito pequeno, podendo ter menos de um centímetro de tamanho, nesse caso, a doença só será detectada por um exame de imagem, como a mamografia. Por isso, é importante que a mulher vá ao ginecologista ao menos uma vez por ano e faça seus exames de rotina periodicamente.

A conscientização do câncer de mama e o investimento em novas pesquisas sobre o tema ajudaram a criar diversos avanços no diagnóstico e tratamento da doença.

De acordo com a oncologista do Hospital Santa Lúcia, Patrícia Schorn, além da idade, o câncer de mama tem como causa principal o histórico familiar, além de fatores externos como a ingestão elevada de álcool, obesidade, sedentarismo e a exposição a substâncias carcinogênicas, como os corantes e conservantes presentes na alimentação.

É causado pela multiplicação desordenada das células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem às características próprias de cada tumor.

Por isso, é fundamental manter uma alimentação natural, praticar atividades físicas regularmente e evitar a ingestão de álcool e tabaco. O histórico familiar da doença, a ausência de filhos (nuliparidade) ou o fato de não ter amamentado também são importantes fatores de risco para a doença.

O autoexame pode até ajudar no diagnóstico da doença, mas esse não deve ser o principal método de rastreamento do câncer de mama.

O autoexame das mamas não substitui o exame clínico realizado por um médico especialista. Normalmente, quando, ao fazer o autoexame, a mulher sente um nódulo, ele já está grande, e em em muitos casos poderia ter sido descoberto mais precocemente, se houvesse o acompanhamento de um médico e a realização de exames prescritos por ele.

O toque das mamas, segundo o mastologista Afonso Nazário, do HCor – Hospital do Coração, é incentivado para que as mulheres possam conhecer melhor o próprio corpo e inclusive detectar tumores benignos, mas não deve ser considerado o método principal de detecção do câncer.

 

Exame clínico das mamas

É o exame realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Neste exame poderão ser identificadas alterações e, se necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia, um raio X que permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.

O câncer de mama pode apresentar diversos sintomas, mas pode também ser assintomático para muitas mulheres. É importante, portanto, que a mulher conheça bem o seu corpo e possa analisar com frequência qualquer alteração nas mamas e procurar o médico ao notar alguma anormalidade.

 

Possíveis sinais e sintomas

Alterações no tamanho ou forma da mama

Nódulo único e endurecido

Vermelhidão, inchaço, calor ou dor na pele da mama, mesmo sem a presença de nódulo

Nódulo ou caroço na mama, que está sempre presente e não diminui de tamanho

Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas

Sensação de nódulo aumentado na axila

Espessamento ou retração da pele ou do mamilo

Secreção sanguinolenta ou aquosa nos mamilos

Assimetria entre as duas mamas

Presença de um sulco na mama, como se fosse um afundamento de uma parte da mama

Endurecimento da pele da mama, semelhante a casca de laranja

Coceira frequente na mama ou no mamilo

Formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo

Inversão do mamilo

Inchaço do braço

Dor na mama ou no mamilo.

O aparecimento dessas anormalidades pode ocorrer de forma isolada ou simultânea. É importante lembrar que esses sinais nem sempre indicam a presença de um câncer, sendo necessário consultar um médico para ter o correto diagnóstico.

 

Diagnóstico e tratamento

Anualmente, mulheres a partir de 35 anos de idade que apresentem fatores de risco devem procurar um ginecologista ou um mastologista para realizar exames clínicos e mamografia. Para as que não apresentam estes fatores, o ideal é iniciar estes exames a partir dos 40 anos.

“Além da mamografia, o especialista também pode pedir uma ultrassonografia mamária e uma ressonância nuclear magnética das mamas, exames complementares que podem ser importantes em alguns casos”, ressalta Schorn, ao lembrar que, mesmo que relativamente raro em mulheres com menos de 35 anos, o câncer de mama tem atingido cada vez mais aquelas abaixo dos 40 anos.

Existem diversos tipos de tratamento indicados para combater o câncer de mama. O plano terapêutico a ser adotado deverá ser definido pelo médico, mediante a análise de todos os exames realizados e pelos dados fornecidos pelo médico patologista, após a realização de biópsia.

A paciente deve ser informada sobre as melhores possibilidades de tratamento existentes para o seu caso, mesmo aquelas que não estejam ao alcance da cobertura do plano de saúde ou que não sejam acessíveis gratuitamente via SUS. É direito da paciente questionar e discutir com o médico todas as opções.

 

Dicas de hábitos ideais para uma rotina saudável

– alimente-se bem e não fique muito tempo sem comer, ou seja, prefira comer de três em três horas, em pequenas quantidades, sempre priorizando os alimentos naturais e evitando os alimentos industrializados;
– evite o excesso de gorduras e carboidratos simples, como açúcar adicionado aos alimentos, doces, sucos de caixinha ou saquinho, refrigerantes, pão branco, macarrão, sempre preferindo as opções integrais;
– procure ingerir proteínas de boa qualidade, principalmente frutas, legumes e verduras por serem fontes de vitaminas e minerais essenciais e ricas em fibras que ajudam na saciedade e no funcionamento adequado do intestino;
– pratique exercícios físicos durante a semana. O ideal são 150 minutos de atividades físicas moderadas ou 75 minutos de atividades vigorosas divididas pelos dias da semana;
– planeje o seu dia alimentar e tente segui-lo.

Foto: https://br.depositphotos.com/stock-photos

Fonte de pesquisa:  http://bvsms.saude.gov.br/

Fonte de pesquisa:       http://www.santalucia.com.br/

Blog da Saúde
Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA)
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)