O que aprendemos nesse ano de 2020 e o que vamos levar para 2021?

dezembro 30, 2020 0 Por Judet

Minhas queridas amigas!

Simplesmente mulheres cheias de vida!

Minhas amigas, não foi um ano fácil, o medo e a insegurança do Covid-19, que se transformou em pandemia pelo mundo nos deixou angustiadas, mas aprendemos a respirar e chegamos ao final do ano de 2020 com inúmeros aprendizados em nosso cotidiano, mudanças de hábitos que vieram para ficar e ensinamentos de vida que jamais serão esquecidos.

A perseverança, a empatia, a resiliência, a capacidade de se reinventar, tomadas de decisões, impulsionamento, adaptação, cuidado consigo e com os outros. Solidariedade, planejamento, respeito mútuo. Por mais que não se queira ver algo positivo em 2020, o ano foi de aprendizado. No contexto em que a educação precisou superar inúmeros obstáculos, diferentes setores da sociedade foram transformados em uma imensurável sala de aula.

As pessoas mudaram hábitos e buscaram estratégias para terem equilíbrio financeiro e emocional em um cenário incerto e, mais do que isso, para lidar com tanto impacto.

A saúde que tem como principal missão salvar vidas, foi impactada por uma carga muito maior do que qualquer plantão difícil poderia apresentar.

A psicóloga Suane Faraj escolhe uma palavra para nortear o que aprendemos em 2020: ponderação. Segundo ela, o excesso de positivismo pode ser tão nocivo quanto à total falta de perspectiva na luta contra um inimigo invisível como o coronavírus:

Confiar que nada irá acontecer pode nos colocar em risco. Da mesma forma, o desespero pode paralisar. Já o equilíbrio está relacionado à aceitação da situação, ou seja, em ver como ela realmente se apresenta. Assim, será possível vivenciar tudo isso com cautela.

Também tivemos bons aprendizados, convivemos mais com nossas famílias, com os filhos e aprendemos a crer, ainda mais na provisão de Deus e a ter fé e esperança. E termos mais cuidado para não passarmos a doença, hoje sabemos que uma máscara e o álcool em gel, pode salvar a minha vida e a de outra pessoa.

Perseverança é a palavra que fica gravada em nossas mentes, pois é um desafio resumir um ano com tantas contradições científicas e ideológicas, além das dificuldades para realizar tarefas que, antes da pandemia, eram tão básicas.

Este foi um ano de ajustar o foco e avaliar se estamos agindo de acordo com aquilo que afirmamos ser importante para nós.

O simples fato de ser presenteada por Deus com mais um amanhecer é uma alegria, que muitas vezes no dia a dia antes da pandemia passava despercebida.

Outro lado positivo que 2020 nos ensinou, é que a vida é muito mais frágil do que pensamos. A economia de um país, os empregos, a saúde e até mesmo a saúde física e mental de pessoas que amamos (ou de nós mesmos) se mostraram uma base extremamente desafiante para construirmos nossa vida. Contudo, é só com um choque desses que acordamos para a vida.”

A falta do convívio social pode ter uma consequência bastante negativa. E mesmo com o uso da tecnologia para tentar superar a carência da socialização, algumas faixas etárias terão maiores danos com a perda do convívio diário e físico.

A diminuição da socialização das crianças, dos adolescentes e dos idosos, principalmente, traz um prejuízo porque é nas relações também que a gente se constitui, que temos o sentido de quem somos. Isso nos foi retirado e, em conjunto com medo, acabou deixando as pessoas solitárias, sozinhas, aumentando os casos de depressões e outras síndromes.

Foi também o ano de aprender que há coisas incontroláveis diante das quais a única coisa que lhe resta fazer é se adaptar da melhor maneira possível. Respirar fundo e dar o tempo necessário a que elas cheguem, se instalem e cumpram seu ciclo

A pandemia acabou trazendo uma série de problemas ligados ao medo e à ansiedade. Questões da nossa saúde mental que, para muitas pessoas, estavam embaixo do tapete, a pandemia nos obrigou a lidar. Ansiedade, medo, falta de projeto de vida, solidão, depressão, conflitos familiares, uso abusivo de substâncias, compulsão alimentar. Todos esses fatores aumentaram como forma de as pessoas lidarem com essa situação nunca antes vivida.

Encerramos o ano cansadas de lavar com sabão e álcool 70, tudo o que vem de fora, de usar mascaras e do distanciamento social. Com saudade de podermos pegar um avião, e viajar. Ou simplesmente de podermos ir a um restaurante, a um cinema, e principalmente podermos nos encontrar e abraçar as pessoas que amamos, nossas famílias e amigas. Queremos recuperar nosso direito de ir e vir.

O fato é que ninguém vai sair de 2020 sem ter aprendido alguma lição ou passado por um grande desafio. A rotina de home office é um dos pontos positivos que devem ser levados adiante, mesmo quando a pandemia acabar.

O ano de 2020 veio para transformar o mercado de trabalho, assim como as nossas vidas. Esperamos que as empresas comecem a pensar nos benefícios que o trabalho em casa pode oferecer. Estar em maior contato com quem amamos aumenta nossa qualidade de vida e pode ser bom para a produtividade. Além disso, traz vantagens também para o meio ambiente: menos trânsito, menos poluição. Se todos tivessem essa possibilidade, a qualidade de vida das pessoas transformaria o mundo.

E ao mesmo tempo em que a pandemia trouxe impactos positivos e negativos para o planeta, também demonstrou que o ser humano é, sim, capaz de superar as adversidades, outro grande aprendizado para levarmos para 2021.

Somos capazes de viver um dia de cada vez, somos seres adaptáveis, conseguimos tomar consciência do que é nosso. 2020 mostrou nossa grande adaptação de saber que podemos lidar com crises e que não precisamos nos desesperar. A gente pode, sim, ficar com medo, mas temos que ter comportamentos congruentes que nos levam a desenvolver novos hábitos — destaca a psicóloga Vanessa Cardoso.

Esse também foi o ano de praticar a compaixão. De perceber que muitos ao redor estavam vivendo situações muito mais duras. E de compreender que eu talvez estivesse em uma posição privilegiada, em meio ao vendaval. E construir um olhar e gestos solidários a partir dessa percepção.