A felicidade está nas coisas simples da vida!

A felicidade está nas coisas simples da vida!

outubro 29, 2020 0 Por Judet

Minhas queridas amigas, simplesmente mulheres cheias de vida!

 

Onde está a felicidade?

A felicidade está nas coisas simples da vida, como estar em uma mesa rodeada pela família onde o burburinho é intenso e a rizada alegremente ilumina os rostos, estar com minhas amigas, ou observar um beija-flor se deliciando com o néctar de uma flor!

Para sermos realmente felizes precisamos nos conhecer profundamente, saber quem nós somos, conhecer nossas emoções e pensamentos, nossas dores e alegrias, e nos permitir vivenciar essas emoções mesmo as mais dolorosas, saber o que é importante para nós e nos reconhecermos como seres humanos, que temos acertos e erros, e também não menos importante, como nos relacionamos com as pessoas e o mundo e nos sentirmos bem com o que temos.

O doutor israelense e professor Ben-Shahar da Universidade Harvard que é  especialista em psicologia positiva, uma das correntes mais presentes no mundo, que ele próprio define como “a ciência da felicidade”, nos ensina que precisamos nos conceder a permissão de sermos seres humanos. Isso significa vivenciar emoções dolorosas, como raiva, tristeza e decepção. Temos dificuldade de aceitar que todo mundo sente essas emoções às vezes. Não aceitar isso leva à frustração e à infelicidade.

O que realmente interfere na felicidade é o tempo que passamos com pessoas que são importantes para nós, como amigos e familiares — mas só se você estiver por inteiro: não adianta ficar no celular quando se encontrar com quem você ama. Hoje, muita gente prioriza o trabalho em vez dos relacionamentos, e isso aumenta a infelicidade.

Sucesso não traz, necessariamente, felicidade. Ter dinheiro ou ser famoso só nos faz ter faíscas de alegria. A definição de sucesso para as gerações mais novas mudou. Não é que as pessoas não busquem dinheiro e poder, mas há outros incentivos.

No passado, sucesso era definido de maneira restrita, e as pessoas ficavam numa empresa até a aposentadoria. Agora, há uma ânsia por evoluir no trabalho, ter equilíbrio na vida pessoal e encontrar um propósito.

” Quando você aprende a viver no hoje e no amanhã ao mesmo tempo, você aprende a equilibrar suas necessidades pessoais imediatas e suas metas de longo prazo. Assim, aprende a viver a vida de uma forma nunca antes vivida. – Tal Ben-Shahar”

De fato, a ansiedade sobre o futuro e a incapacidade de observar o presente são dois dos mais graves inimigos da felicidade. São incontáveis as técnicas que nos ajudam a viver o momento (mindfulness, meditação, yoga etc) e são incontáveis as técnicas de planejamento do futuro (o coaching é uma prova cabal disso).

 

 

 

 

Shahar une os dois lados da moeda em um único ser equilibrado, você. Ele propõe reflexões e exercícios práticos para reunir, dentro de nós, estes dois tempos em que habitamos: o hoje e o amanhã.

Segundo a psicóloga AngelitaCorrêa Scardua, a felicidade, sempre desejada e cantada em verso e prosa, é mais do que um objetivo na vida, é o tema sobre o qual ela faz pesquisas, seguindo a linha da psicologia positiva – não por acaso chamada também de “Ciência da Felicidade”. A que a felicidade depende mais das relações que estabelecemos e menos do quanto temos na conta bancária para gastar.

A psicologia positiva dedica-se a estudar os pensamentos, as emoções e as experiências positivas; e o que se pode fazer para ter experiências e emoções mais saudáveis e satisfatórias e, assim, viver uma vida mais feliz.

Na prática para a psicologia positiva, mesmo que você tenha aprendido a ter uma visão negativa da vida não está condenado a ser um adulto infeliz. Não importa quantos anos você tenha, é possível mudar a forma de perceber o mundo e a si mesmo. Para tanto, é necessário tomar consciência de como você está vivendo suas emoções, perceber o que te afeta emocionalmente, sejam fatores externos e/ou internos, e aprender a gerenciá-los. Obviamente, esse movimento de autoconhecimento passa por aprender a se observar e ao mundo à sua volta. E, é claro, aprender a reconhecer sua motivações exigirá mudanças na forma de você viver, sentir, pensar e agir.

 

 

 

 

A psicóloga Angelita Corrêa Scardua já participava de uma pesquisa de neurociências sobre os estados afetivos, basicamente girando em torno de estudos sobre o quanto e como nosso humor varia ao longo do dia, e de como o ciclo vigília-sono influência nessa variabilidade. Porém, muito antes disso, ela já tinha certa afinidade com a psicologia junguiana (de Carl Jung, psiquiatra que defende que o desenvolvimento humano se dá ao longo de toda a vida e que o objetivo desse processo é nos levar à realização dos nossos potenciais como seres humanos). Ao estudar os afetos, o humor e o desenvolvimento humano se deparou com a questão essencial do porque algumas pessoas se sentem melhores com suas emoções. Isso a levou a pensar quais seriam os fatores que exercem influência no nosso bem-estar… afinal, qual seria o segredo de ser alguém feliz?! Era inevitável que ela começasse a pensar, também, nas questões sócio cultural, em como o lugar étnico-geográfico afeta a nossa experiência de felicidade. E que nós podemos mudar a nossa própria vida. Em vez de atribui essa responsabilidade a algo ou alguém externo como provedor das condições necessárias para uma vida boa.

 

 

 

 

Aqui, e nas culturas latinas, é comum confundir alegria com felicidade. São coisas diferentes. A alegria é o estado emocional- afetivo de uma satisfação momentânea, como a festa de casamento ou comprar o carro dos sonhos. Felicidade é um estado no qual você se sente de bem consigo mesmo e realizado com o que tem. É comum pensar que uma pessoa feliz não tem sofrimento mas não é verdade. A diferença está em funcionar positivamente e entender que problemas são temporários e superáveis.

Por vivermos numa sociedade consumista há a fantasia de que o consumo traz felicidade. E aí quando se fala em qualidade de vida- e na pessoa ter lazer, ter uma alimentação saudável, se exercitar, fazer todos os check-ups é comum associar qualidade a um certo padrão socioeconômico, e riqueza à felicidade. Mas todas as pesquisas mostram que não existe relação direta entre riqueza e felicidade.

Por causa do imediatismo, tendemos a associar satisfação com consumo. Então se não estou bem é porque falta algo que pode ser consumido e que me traz uma satisfação, que é temporária mas é imediata. Adotar um padrão assim demonstra profunda imaturidade psicológica e incapacidade para postergar a gratificação. Ou seja, de entender que o prazer vem depois de certo esforço. E a qualidade de vida depende disso.

 

 

 

 

Investir no casamento aumenta a chance de ser feliz, numa relação estável em que haja cumplicidade, companheirismo, afinidade e intimidade, a pessoa se sente livre para se expressar integralmente, tem-se a sensação de que se é amado(a) independentemente de quem somos. Isso é fundamental para a felicidade.

Hoje, ao mesmo tempo em que se buscam avanços para o futuro, fala-se em resgatar valores simples.
Mesmo com a desigualdade gerada pelo capitalismo – embora, é válido lembrar, a desigualdade não é uma particularidade da economia capitalista mas uma condição presente nas mais variadas formas de organização humana – nunca tantos tiveram acesso a tantas coisas como hoje, saúde, moradia, férias, bens de consumo… Ao mesmo tempo, nunca os índices de felicidade foram tão mornos.

Com tantas promessas da tecnologia e da ciência, por um momento acreditamos que conseguir controlar o corpo, as doenças, o envelhecimento, morar em casas super confortáveis e dirigir carros velozes nos tornaria felizes. Mas pensar assim é focar na nossa porção animal preocupada com a sobrevivência da espécie.

Por outro lado, o ser humano também anseia pela divindade – entenda-se divindade aqui como a expressão daquilo que não é perecível, ordinário, comum – e por transcender a condição animal de trabalhar-reproduzir-sobreviver. O humano anseia pelo enlevo, pela satisfação, pela leveza, o que não pode ser plenamente contemplado pela ciência. Porque, em grande parte, o que satisfaz nossos anseios de ascensão são coisas muito simples como a visão do belo numa flor, num pôr-do-sol, aquele sentimento de que a vida pode ser mágica em alguns momentos…é o arrebatamento estético, por exemplo, que nos dá a sensação de que a vida pode ser maior e melhor, é a beleza da vida, a essência. A sensação de que a vida é mais do que apenas sobreviver, isso, na média, é dado pelas coisas simples da vida.

Como ter uma vida afetiva estável, amigos de verdade, tomar um banho de chuva com vontade. Ter prazer pela vida. Ter uma atividade que traz satisfação e a sensação de que você faz algo por um mundo melhor. É acreditar em algo maior, num significado para a vida cotidiana, por isso a espiritualidade é tão importante para a felicidade. São coisas simples que nos dão a sensação de que a vida pode ser leve, suportável, mesmo nos momentos mais difíceis.

 

Referência de pesquisa:http://www.redepsi.com.br

 

Referência de pesquisa:http://doloresbordignon.com.br

 

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